Contando sobre leituras – Tartarugas até lá embaixo.

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Nunca havia lido um livro do John Green, então resolvi ler esse livro quando vi vários comentários sobre a abordagem diferenciada que ele fazia sobre TOC (transtorno Obsessivo Compulsivo), achei o tema interessante.

Quando comecei a leitura achei que seria um livro meio adolescente, pois apresenta a história de Aza Holmes, uma adolescente de 16 anos e sua amiga de escola Dayse, escritora de fanfic de Star Wars, as duas tentam receber uma recompensa através de informações sobre um milionário.

Mas então, a partir dessa trama, o autor tece uma teia de acontecimentos que vão crescendo e tornando-se maiores, Aza vive em um espiral, como ela mesma define, de pensamentos que a dominam, vive presa por um medo de se infectar, abre constantemente  uma ferida para tentar sentir-se no controle, tem resistência em usar as medicações prescritas pela psiquiatra, pois não se conforma em ter que se medicar para ser normal. O livro te prende nessa espiral de pensamentos.

O drama da adolescência é somado ao drama do transtorno que a acompanha e um simples beijo a faz surtar em relação a contaminação, Aza tenta lutar contra os pensamentos, mas não consegue. o livro conta também com diversas citações, que complementam o pensamento do autor e enriquecem a leitura.

No final não há uma felizes para sempre, um final feliz como vemos em alguns romances, mas é um desfecho mais real de uma história, dentro de outros desfechos, achei essa resolução muito boa, foge do tradicional.

Essa visão do autor quanto ao TOC foi enriquecida por sua experiência pessoal e os medos que o acompanham. Em alguns momentos da leitura tentava pensar onde o título se encaixava na história e finalmente ele foi explicado.

Recomendo a leitura do livro e quero conhecer outros títulos do autor. E você, já leu algum livro do John Green? Conta aqui o que achou. 😊

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Minhas leituras em abril

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Quem me acompanha a um tempinho sabe que amo livros e planejamento, então hoje trouxe para vocês os livros que eu separei para ler esse mês, lembrando que minha meta é ler quatro livros por mês.

Também tenho tentado ler livros que eu não costumava ler e confesso que tenho gostado muito e me surpreendido com alguns títulos e autores, é sempre bom expandir suas opções e aprender um pouquinho com cada percepção e visão de mundo, um livro é capaz de nos fazer conhecer novos lugares (através do imaginário) e culturas.

Bem, mas vamos lá… vou apresentar cada um deles  e quem sabe você se anima a ler algum comigo.

1- Em algum lugar nas estrelas, Clare Vanderpool, editora Darkside, 276 páginas.

“A grande ursa negra, impressionante como a Ursa Maior, balançou a cabeça de um lado para o outro, e seu rugido fez tremer a passagem próxima da Trilha Apalache. Eu digo que é ela, mas a verdade é que não dava para ter certeza. Não havia marcas que indicavam que era fêmea. Não havia filhotes à vista. Mas eu sabia. Eu a conhecia como conhecia minha própria mãe. Era sua postura – a autoridade absoluta sobre nós, dois garotos presos por seu olhar. E era sua vontade inabalável de nos manter vivos.”

É dessa forma que a autora inicia o livro, que traz uma personagem com TEA (transtorno do espectro autista) e dia 02 de abril é o Dia Mundial da Conscientização do Autismo e existem vários níveis diferentes de autismo.

O livro é muito fofo, em sua estética, tem capa dura, estou gostando muito da leitura até o momento, depois vou escrever uma resenha, esse foi o livro escolhido pelo Clube do livro Infinistante, criado pela Maki, Mel e Loma, quem quiser se inscrever no clube é só clicar aqui.

2- O diário de Anne Frank, Tradução de Alves Calado, 49ª edição, editora BestBolso, 373 páginas.

Trata-se do relato de uma menina judia que ficou escondida anos em um sótão em uma casa se escondendo dos nazistas, junto com sua família, para tentar em vão sobreviver. Como gosto de usar diário em tópicos, esse texto em forma de diário e relatos curtos é de grande interesse para mim. Saber extrair apenas aquilo que é importante relatar no nosso dia a dia é um grande exercício.

3- O pequeno príncipe, Antoine de Saint-Exupéry, editora agir, 95 páginas.

Na contracapa do livro está escrito “Livro de criança? Com certeza. Livro de adulto também, pois todo homem traz dentro de si o menino que foi. Como explicar a adoção deste livro por povos tão variados, em tantos países de todos os continentes? Como explicar que ele seja lido sempre por tantos milhões e milhões de pessoas? Como explicar a atualidade deste livro traduzido em oitenta linguas diferentes? Como compreender que uma história aparentemente tão ingênua seja comovente para tantas pessoas? O Pequeno Príncipe devolve a cada um o mistério da infância. De repente retornam os sonhos. Reaparece a lembrança de questionamentos, desvelam-se incoerências acomodadas, quase já imperceptíveis na pressa do dia a dia. Voltam ao coração escondidas recordações. O reencontro, o homem-menino.” – Amélia Lacombe

Li esse livro quando era criança, ganhei de minha madrinha e estou ansiosa para ler novamente, espero conseguir fazer uma resenha sobre ele.

4- Amor e gelato, Jenna Evans Welch, editora Intrínseca, 319 páginas.

Trata-se de um romance que tem como plano de fundo a linda cidade de Florença, então estou muito empolgada para conhecer os lugares e a cultura, a autora viveu em ali parte de sua adolescência.

Texto da contracapa: “Florença é o lugar perfeito para se apaixonar e o pior lugar para ficar de coração partido”.

5- A travessia, William P. Young, Editora Arqueiro, 197 páginas.

Contracapa: “Jesus pegou a mão de Tony. – Na jornada que está prestes a começar, você poderá escolher curar fisicamente uma pessoa, mas só uma. Assim que escolhê-la, a sua jornada chegará ao fim. – Posso curar uma pessoa? Está me dizendo que sou capaz de curar quem eu quiser? – Na mesma hora, seus pensamentos se voltaram para o seu próprio corpo em um quarto de UTI. – Deixe-me ver se entendi. Posso curar qualquer pessoa que quiser? Jesus se inclinou na direção dele. – Na verdade, você não pode curar ninguém, não sozinho. Mas estarei do seu lado, e a pessoa por quem você decidir orar, eu a curarei através de você.”

“Um derrame cerebral deixa Anthony Spencer, um multimilionário egocêntrico, em coma. Quando “acorda”, ele se vê em um mundo surreal habitado por um estranho, que descobre ser Jesus, e por uma idosa que é o Espírito Santo. À sua frente se descortina uma paisagem que lhe revela toda a mágoa e a tristeza de sua vida terrena. Jamais poderia ter imaginado tamanho horror. Debatendo-se contra um sofrimento emocional insuportável, ele implora por uma segunda chance. Sua prece é ouvida e ele é enviado de volta à Terra, onde viverá uma experiência de profunda comunhão com uma série de pessoas e terá a oportunidade de reexaminar a própria vida. Nessa jornada, precisará “enxergar” através dos olhos dos outros e conhecer suas visões de mundo, suas esperanças, seus medos e seus desafios. Na busca por redenção, Tony deverá usar um poder que lhe foi concedido: o de curar uma pessoa. Será que ele terá coragem de fazer a escolha certa?”

6- Serafina e a capa preta, Robert Beatty, Editora Valentina, 240 páginas. Livro 1

Apresentação do livro: “Serafina nunca teve motivos para desobedecer ao seu pai e se aventurar além da Mansão Biltmore. Há espaço de sobra para ser explorado naquela casa imensa, embora ela precise tomar cuidado para jamais ser vista. Nenhum dos ricaços lá de cima sabe da existência de Serafina; ela e o pai, o responsável pela manutenção das máquinas, moram secretamente no porão desde que a garota se entende por gente. Mas quando as crianças da propriedade começam a desaparecer, somente Serafina sabe quem é o culpado: um homem aterrorizante, vestido com uma capa preta, que espreita pelos corredores de Biltmore à noite. Após ela própria ter conseguido – depois de uma incrível disputa de habilidades – escapar do vilão, Serafina arriscará tudo ao unir forças com Braeden Vanderbilt, o jovem sobrinho dos donos de Biltmore. Braeden e Serafina deverão descobrir a verdadeira identidade do Homem da Capa Preta antes que todas as crianças…
A busca de Serafina a levará ao interior da mesma floresta que tanto aprendeu a temer. Lá, descobrirá um esquecido legado de magia, que tem relação com a sua própria origem. Para salvar as crianças, Serafina deverá procurar as respostas que solucionarão o quebra-cabeça do seu passado.”

Descobri esse livro olhando na livraria e a contracapa me chamou atenção, depois conto o que achei.

Bem… são esses livros que pretendo ler esse mês. Espero que tenha gostado e que se anime a conhecer algum deles. 😊

Trazendo à memória

Bullet journal

Uma das páginas que eu sempre deixo no meu bullet journal é a de memórias, cada dia eu escrevo uma palavra que marcou aquele dia para mim e esse mês foram muitas coisas.

Esse exercício diário me faz parar e refletir cada pedacinho do meu dia e tentar ressaltar apenas coisas boas dos momentos tempestuosos, mas é claro que muitas vezes não tem jeito, existem acontecimentos que despertam sentimentos muito fortes e que não tem como desvencilhar, ninguém está imune a situações desfavoráveis.

Esse mês aconteceram muitas coisas na minha vida e que me fizeram refletir, celebrar e chorar… cada uma delas foi colocada como lembrança a ser sempre consultada, estão marcadas nessa página.

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Esse mês aproveitei muito o tempo em família, fomo a praia e aproveitamos um mar calma, a água na temperatura certa, o sol estava agradável, me lembrou meu tempo de infância onde ficava horas dentro do mar. Esses momentos me proporcionam uma sensação de bem-estar imensa, parece que todo o estresse desaparece.

Fui a algumas cafeterias novas para conhecer novos lugares e desfrutar de novos sabores, além disso também conheci algumas marcas de café gourmet e pude trazer para casa café excelentes para aproveitar pelas manhãs, depois das 14h não posso tomar café, meu sono se vai… então a tarde geralmente curto tomar um chá, o que eu mais gosto é o de frutas silvestres.

Aprendi muitas coisas novas, experimentei novos desafios e estou amando cada um deles, estou praticando lettering sempre que possível, pensando até em participar de um workhop, melhorei um pouquinho, mas ainda preciso melhorar bem, às vezes sou impaciente e esqueço que tenho que desenhar as letras,aí quando vejo, já foi escrita meio desajeitada.

Outra coisa que marcou esse mês foram minhas leituras, minha meta é ler quatro livros por mês, mas já bati essa meta e estou lendo três ao mesmo tempo, não sei se vou conseguir termina-los ainda esse mês, mas estou muito feliz com os resultados.

Teve churrasco na casa da Dani, muitos amigos queridos juntos, aproveitamos os momentos de diversão para estreitar nossos laços, é muito bom quando se trabalha com pessoas tão especiais, que parecem uma família.

Celebramos a vida através dos aniversários de muitas pessoas especiais, março é aniversário de muitos primos e também de minha mãe e dos meus dois sobrinhos, fico muito feliz em poder celebrar com eles mais esse ano que Deus permitiu que estejamos juntos.

Ao contrário, também foi um mês em que perdi uma colega de trabalho, ainda tão jovem e cheia de sonhos, isso me fez refletir sobre a brevidade da vida, sobre a finitude de todas as coisas, mas também na esperança do porvir. Acreditar que aqui é apenas uma fração do que nos espera faz toda diferença na maneira que vamos nos portar diante da morte, mas nem por isso diminui a dor.

As águas de março foram muito presentes no início do mês, mas depois deram uma trégua, então viajamos um pouquinho, aproveitar o tempo de descanso mudando a rotina é sempre maravilhoso, aproveitar a companhia da família, reservar tempo para as pessoas que amamos.

O ócio criativo foi muito importante nesse período, sempre que posso aproveito meu tempo para relaxar e aprender coisas novas e que me deem prazer, mas não confundam ócio com preguiça. Ócio criativo é um tempo em que há uma pausa nas atividades laborais e que aproveitamos para ter atividades para descansar e ter momentos de lazer, geralmente o meu é a noite, mas como fiquei de férias duas semanas eu o estendi as tardes também.

Bom… esse foi o resumo do meu mês… espero que o mês de vocês tenha sido bom. Vocês se lembram de tudo que aconteceu? Que tal fazer esse exercício também, anotar cada detalhe de cada dia. Depois me contem o que acharam. 🙂

Meu livro do mês – O que o sol faz com as flores

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Este mês li vários livros diferentes do que estou habituada, um dos que mais gostei foi O que o sol faz com as flores, da autora Rupi Kaur, e simplesmente fiquei encantada com sua forma de escrever. É uma autora jovem, tem apenas 25 anos, mora no Canadá com os pais e quatro irmãos, mas nasceu na Índia.

O livro foi lançado esse mês pela editora planeta, tem 250 páginas e é dividido em cinco partes que são denominadas murchar, cair, enraizar, crescer e florescer. Os textos são curtos, mas de uma riqueza de sentimentos que prende a cada página, a autora imprime todo o sentimento e sua vivência em cada poema.

Não pretendo aqui fazer uma resenha profunda do livro, apenas citar aspectos que mais chamaram minha atenção. Os textos são fortes em alguns momentos e expressam todo o sofrimento vivido por Rupi e sua família ao chegarem a um novo país, falam de deslocamento cultural, sobre aborto de meninas.

Um dos textos traça o aspecto cultural do infanticídio feminino/feticídio feminino de 1790 até 2012, tem um texto é como se fosse a própria autora pedindo que não a abortassem apenas por ser menina. Cada poema lido nos faz pensar em como nos relacionamos com o mundo ao redor e com nossos sentimentos, nossos corpos, nossa família, nossos parceiros, nossos dilemas.

O que eu mais gostei é a forma como ela expõe seus sentimentos conflitantes e sua dor de forma tão crua e simples, sem muitos floreios, sem romancear. Alguns textos tratam da despersonificação da mulher frente a uma cultura que a trata como objeto descartável.

É um livro de leitura fácil e sem muitos mistérios, alguns poemas são bem simples em sua estrutura, no entanto são de uma simplicidade singela e que compõem de maneira substancial a totalidade da obra.

Quer conhecer um pouco mais sobre o trabalho da Rupi, acompanhe-a pelo Instagram @rupikaur_ tem várias fotos e textos.

Acompanhando minhas leituras

Bullet journal, livros

Sou apaixonada por livros e ler é algo que me deixa feliz e realizada, para  mim é um prazer e uma forma de relaxar. E como amo planejar tudo, não é diferente com a leitura, por isso criei várias coleções no meu bullet journal para acompanhar e planejar cada livro que quero ler ou que já li.

Chamo de meu bujo literário e aqui falo um pouquinho de cada uma dessas coleções e de como elas me ajudam a organizar e aproveitar melhor meus momentos de leitura.

1- Minhas metas literárias para 2018:

Esse ano eu pretendo ler 48 livros, para isso eu preciso ler 4 livros por mês, essa coleção me ajuda a saber se estou conseguindo manter essa meta e ajustá-la quando necessário para conseguir atingir meu objetivo. Então fiz 48 campos e coloquei o número, cada vez que termino um livro eu marco um dos campos, bem simples mesmo. Aí, para ficar mais charmoso, usei canetas coloridas e marco com traços coloridos.

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Deixei um espaço embaixo, se eu ler mais do que minha meta tem espaço extra pra marcar. 🙂

2- Livros que eu li: esse layout eu já mostrei aqui, mas sempre é bom lembrar e eu amo essa estante e preencher cada livro desses é muito bom, fica mais completo e é uma vitória conquistada. Aqui eu coloco todos os livros que eu li por diversão, ou seja, não precisei ler para meu trabalho ou para nenhum curso, foi escolha minha mesmo.

Mas lembrando como usa, aqui os livros ficam com as lombadas em branco e quando eu termino de ler escrevo o nome do livro, depois dou uma colorida para enfeitar.

Já usei essa estante de outra forma, eu escrevia todos os nomes dos livros que eu pretendia ler e depois que terminava eu os coloria, mas aí eu ficava na obrigação de ler o livro ou teria que usar correto para tirar o nome, então mudei… essa é a beleza do bujo.

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3- Livros que eu quero comprar: como toda pessoa que gosta de livros eu também leio blogs sobre literatura e procuro sempre referências sobre o tema, então anoto o nome dos livros sobre os quais eu li e me interessei (muitas vezes não lembro o nome do autor mais e não tenho como anotar na hora). então anoto quando chego em casa ou quando consigo.  Quando compro o livro eu coloco um X na frente do nome e quando desisto de comprar eu corto o nome da lista, simples assim.

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4- Livros que eu comprei: Então… quando cada livro dessa lista que falei antes é comprado eu coloco na lista seguinte e separo por mês, geralmente eu compro os livros no início de cada mês e sempre renovo minhas leituras, tenho sido o mais eclética possível. Às vezes compro livros que não estavam na lista de desejos anterior.

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5- Acompanhamento de leituras: como leio vários livros ao mesmo tempo acompanho a evolução das leituras nessa página, separo por capítulo e vou colorindo a medida que eles são lidos. É bom ver a evolução de cada um e dá uma sensação de meta cumprida.

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Bem, esse é o meu bujo literário até agora, mas tem duas coleções que quero fazer, só que ainda estou pensado no layout que vou usar: Acompanhamento de gêneros literários e Completando minhas séries e quando estiverem prontos vou colocar aqui.

Além disso tenho me esforçado para ler livros digitais e quebrar um pouco o preconceito com esse formato de livro, pois a praticidade de ter vários livros a mão e poder ter horas e horas de leitura sempre disponível tem me feito repensar um pouco sobre o tema.

Bem, era isso que eu queria mostrar hoje… espero que tenha gostado. 😉

Mostre seu trabalho

Infinistante

Entrei para o Clube do Livro Infinistante, criado pela Marcela, Loma e Melinda, dos sites desancorando, sernaiotto e serendipity, e esse foi o livro escolhido para o mês de fevereiro: Kleon, Austin. Mostre seu trabalho! 10 maneiras criativas de compartilhar sua criatividade e ser descoberto. 1ª ed. Rio de Janeiro: Rocco, 2017.

O livro reúne uma série de ideias e conselhos sobre como fazer para seu trabalho ser notado de forma natural e pelas pessoas certas. É um livro fácil de ler e tem inúmeras  ilustrações que auxiliam na fixação do conteúdo de maneira divertida e lúdica, além de muitas citações de autores e artistas embasando o tema.

O livro foi dividido em onze capítulos e abaixo falo um pouquinho sobre cada um:

Uma nova maneira de operar: é uma pequena introdução a partir da qual todas as ideias do autor vão se conectando tornando a leitura fácil e agradável, este capítulo fala sobre autopromoção, não de forma forçada, mas natural, sendo bons naquilo que fazemos e permitindo que as pessoas vejam e se aproximem.

1- Você não tem que ser um gênio: O capítulo começa derrubando o falso mito do gênio solitário e a criatividade e traz o modelo do ecossistema de talentos.

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Essa é a ilustração do livro, amei esse exemplo, pois representa bem esse ecossistema onde temos várias influências no nosso processo criativo. Outro conceito é o conceito de amador, pois quando não é profissional e Expert em uma área não tem o que perder, então não tem medo de errar, tentar, divulgar os resultados. Também nos diz que temos que encontrar nossa voz e usá-la e da importância de compartilhar aquilo que sabemos.

2- Pense em processo, não produto: aqui o conselho é mostrar os bastidores e a ação daquilo que estamos produzindo, não apenas o produto pronto, usando para isso as mídias socais como maneira de conexão com o público. Documentar tudo que fazemos é uma ótima forma de compartilhar o processo.

3- Compartilhe um pouco todos os dias: devemos enviar um relatório diário do que estamos produzindo no momento como se fossem os extras de um filme ou show. Explica também o conceito de fluxo (feeds) e estoque (conteúdo produzido) e a importância da construção de seu próprio domínio, pois mídias sociais entram e saem de moda.

4- Abra seu gabinete de curiosidades: traz a ideia de que somos curadores do nosso trabalho e nos lembra de que nossas influências e inspirações é que dão pistas sobre quem somos e o que fazemos. Fala também da importância de dar créditos adequadamente e que colocar os links é ainda melhor, pois geralmente as pessoas não pesquisam pela indicação do autor e assim facilita o trabalho delas.

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Dá pra ver aqui na foto que fiz meu rascunho a mão, afinal sou apaixonada por cadernos e canetas. 🙂

5- Conte boas histórias: Lembra das aulas de produção textual? Então… aqui nesse capítulo é sobre esse tema: a importância de narrar adequadamente a obra e o processo, pois quanto mais explicado melhor para que o público entenda e se sinta conectado ao processo, para isso a narrativa deve ser organizada, robusta e lógica. Quando escrevemos precisamos ter em mente que deve haver o início, o desenvolvimento e a conclusão, não podemos esquecer a coerência e a coesão, lembrando que essa habilidade é desenvolvida quando lemos e estudando grandes histórias.

6- Ensine o que você sabe: O conselho aqui nesse capítulo é dividir nossos segredos comerciais, compartilhar aquilo que sabemos e informar às pessoas qual o resultado queremos alcançar. No momento em que aprendemos algo devemos ensinar, pois isso aumenta o valor do que fazemos.

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👆🏻 não parece um smile.

7- Não se torne um Spam humano: O tema aqui é a empatia e a reciprocidade, devemos ser gentis e cuidadosos com o próximo, ouvir as pessoas, aceitá-as, sermos como um fã, atenciosos e doando-nos. Não devemos nos preocupar com a quantidade de seguidores que temos, apenas nos concentrar em fazer bem feito e com perícia aquilo que nos propomos fazer.

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Ah! Traz também um conselho precioso: Fuja dos vampiros! E vampiros são todas as coisas que sugam nossas energias e não nos dão nada em troca, pode ser uma pessoa, mas também um trabalho ou uma atividade.

8- Aprenda a apanhar: Estranho esse título, mas o capítulo é ótimo, pois quando lançamos nosso trabalho no mundo as críticas surgirão, algumas com as quais podemos aprender e crescer, outras por pura inveja, então precisamos saber lidar com essas críticas e com essas pessoas (que o autor chama de trolls) é importante, mas também nos lembra que existem os botões de excluir e bloquear. rsrsrsrs

9- Venda-se: O tema desse capítulo é como conseguir viver de sua arte, aqui fala sobre como usarmos as mídias que ajudam na tarefa de conseguirmos colaboradores ou parceiros para nossos projetos. Também nos lembra que devemos ficar felizes quando pessoas alcançam sucesso e comemorar com elas sua vitória. O básico é: devemos fazer um bom trabalho, aproveitar as oportunidades, tentar coisas novas, expandir nosso público e ser generoso sempre.

10- Fique por perto: siga sempre em frente, cada projeto que terminar pule para o próximo analisando o que se perdeu e o que poderia ter sido melhor, não perca tempo precioso, mas… devemos ter sempre um tempo para nos desligar e ter uma pausa para nos reabastecermos, um tempo para nos conectarmos a natureza, exercitar nosso corpo e sempre separar nosso vida de trabalho da doméstica.

Como falei lá no início o livro tem um texto leve, conciso, é repleto de ilustrações criativas e muitas citações, essa é uma característica do autor que eu gosto muito, o livro Roube com um artista também é assim, falei um pouquinho dele aqui, mas não foi uma resenha.

O livro é excelente para quem precisa aprender ou ter coragem para mostrar seus trabalhos, permitindo que o leitor/artista supere seus medos e insegurança e consiga mostrar suas ideias e seu processo criativo. Eu demorei muito para ter meu blog porque ficava com medo do que as pessoas iriam pensar ou a quem o que eu tinha para falar interessaria, só depois de muito tempo resolvi perder o medo e escrever um pouco. É um pedacinho de minhas ideias que fica registrado aqui na blogosfera e que não se perde.

Bem… era isso que eu tinha para falar do livro, recomendo muito.

Agradeço a Marcela, Loma e Mel pela indicação, já estou esperando o próximo livro.

A leitura e a escrita, uma escolha

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Muitas pessoas estranham o uso de um planner ou agenda em papel em plena era digital, acreditam ser mais prático o uso de um app do que de uma agenda. Então porque ir na contramão do sistema?

Eu escolhi usar o bullet journal por ser uma ferramenta organizacional completa, também por acreditar que sua flexibilidade e adaptabilidade são mais condizentes com meu estilo de vida, mas principalmente por me permitir um resgate de escrever e buscar melhorar minha caligrafia, coisas que andam esquecidas em nossos dias.

Eu sempre gostei do contato com o papel, das texturas, dos cheiros, das sensações produzidas, da realização de conseguir fazer uma letra diferente e tentar que cada dia seja mais bonita. Essa é a razão pela qual prefiro os livros físicos aos digitais, todas as sensações que temos ao folhear um livro, ao tocar no livro, fazer anotações, marcações, para mim livros são extremamente pessoais.

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Uma das lembranças que tenho de minha infância é a de quando eu olhava um livro amarelo que era dos meus tios e que tinha histórias que eu gostava, eu o tirava da prateleira e acariciava olhando as figuras e os símbolos, as letras, e eu me encantava quando minha mãe o pegava e lia para mim, era mágico, como aquele amontoado de símbolos se transformavam em algo cheio de sentido e diversão.

A mesma sensação de encantamento acontecia quando eu via minha mãe escrever, seja um bilhete, notas de compra, estudando… eu achava a letra dela linda e esperava que a minha fosse igual. E todo meu anseio era pode dominar aqueles códigos e saber ler e escrever, me comunicar, ter uma voz.

Sim, existem vários estudos neurolinguísticos que mostram a importância da caligrafia no desenvolvimento cognitivo de crianças e na detecção de algumas desordens neurológicas, mas para mim o que realmente importa são as sensações e aquisições que a leitura proporciona, ao terminar um livro você se sente enriquecido, adquire conhecimento, fica mais sensível e criativo, a leitura transforma e liberta a pessoas para inúmeras possibilidades de ser. E o melhor da leitura, ela se adapta ao que o leitor prefere, então basta escolher seu estilo literário favorito e se deleitar.

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Esses livros aí em cima são os que separei para ler esse mês… depois falo um pouquinho deles aqui. Já pensou em qual o próximo livro você gostaria de ler? Qual seu estilo favorito? Compartilhe aqui.

Roube como um artista

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Quando comecei a pensar em escrever aqui bateu o maior frio no estômago… E se eu não soubesse o que escrever? E se eu tivesse um branco? E se eu não conseguisse criar os textos? E se, e se, e se…

Então percebi em outros blogs que todos passam por um bloqueio criativo em determinado momento, mas quando isso acontece recorrem a alguma coisa, seja leitura, música ou alguma atividade inspiradora.

Muitas pessoas falavam desse livro: Roube como um artista, Austin Kleon, resolvi comprar para ler e, simplesmente, amei. É uma leitura leve, com várias dicas, como nos fala o subtítulo (10 dicas sobre criatividade). O livro possui 160 páginas, dez capítulos onde cada uma das dicas é desenvolvida, além de muitas citações e vários esquemas e ilustrações que nos ajudam a memorizar e fazem a coesão com o texto.

O livro traz um certo alívio, pois nos faz lembrar que quase nada é original e que toda obra de arte é uma releitura daquilo que já existia previamente e que apenas quando o artista imprime seu estilo é que a torna única.

Esse era o estímulo que eu precisava para aceitar o desafio de escrever e compartilhar com outros meus pensamentos. O livro cita várias coisas que ajudam a organizar as ideias e liberar a criatividade: só devemos escrever sobre o que gostamos, todo artista é um colecionador, não espere saber quem você é para começar e outros tópicos que foram de grande ajuda pra mim.