Caligrafia para relaxar

Bullet journal, livros

Finalmente consegui começar minha jornada para melhorar meu lettering, não que eu ainda não tenha treinado muito, mas até agora eu repetia sempre as mesmas coisas, então comprei esse livro fofinho para tentar aprimorar a técnica e para servir de roteiro para meus estudos.

O que posso dizer desse livro? Bem, vamos lá! A primeira coisa que percebi é que ele é bem basiquinho sim, mas é legal começar bem nos primórdios da técnica, então se você já domina grande parte da técnica de lettering eu não indico, mas se você, como eu, quer começar do início (ficou esrtranho, mas é isso mesm…) e ir aprendendo passo a passo, e relembrando cada detalhe das das técnicas e assim conseguir aprimorar eu acho muito válido sim. Essas são as lições que o livro traz:

 

As primeiras lições desse livro são bem batidas e eu já havia praticado a maioria, mas gosto da sensação de início e desenvolvimento que a autora sugere, embora ela gaste muito tempo falando de outras coisas, como relaxar e textos meio auto-ajuda que por mim seria desnecessário, mas que podem ajudar algumas pessoas. Se você observar ela demora 18 capítulos para chegar a técnica de lettering com pincel.

O que eu gostei é que ela traz vários capítulos que falam sobre os outros elementos que compõem um lettering (ramos, faixas, guirlandas, floreios, sombras, setas, etc) e essas são coias que sempre tive dificuldade – as composições artísticas na hora pensar no projeto final, geralmente escolho a frase e escrevo, e só. É nesse ponto que o livro tem me ajudado muito, pois traz capítulos específicos para cada tema. Outra coisa que eu gostei é que ele fala, mesmo que muito resumido, sobre digitalização da caligrafia. Para mim é mais um incentivo a estudar.

O capítulo 43 traz um pouquinho da técnica de embossing e eu não tenho o material necessário para realizar esse exercício, pesquisando os preços por aqui fica um pouco difícil, pois os materiais são bem carinhos. Provavelmente vou pular esse capítulo e retomá-lo em outro momento. Então já estou pedindo desculpas antecipadas,caso não consiga adquirir o material.

Bom… Mas hoje quero falar da primeira lição do livro, a falsa caligrafia, que nada mais é que escrever uma palavra ou frase com um maior espaçamento entre as letras e depois ir espessando a linha descendente de cada letra. Essa técnica permite formar uma palavra com a mesma ideia de uma caneta pincel e que tanto amamos nos letterings que vemos em todas aquelas fotos do Pinterest e do Instagram.

A primeira proposta de exercício é treinar a palavra tempo e então, depois de sentir-se seguro, formar a frase um tempo só para mim usando a mesma técnica em todas elas. Minha percepção ao final do exercício foi que eu preciso controlar o tamanho de cada letra, e a autora não traz nenhuma preocupação com isso, pelo menos por hora… por isso oriento que façam uma linha guia superior e inferior para terem controle da altura de cada letra e deixar tudo bem retinho, ah… e só apaguem a linha depois que tiverem concluído o exercício, senão na hora de espessar a letra a gente acaba ultrapassando os limites da linha guia.

Olha aí o meu tempo em cada etapa.

 

Minha frase final você pode ver a seguir, vai perceber que as letras tem diferença no tamanho e no alinhamento, também achei que os traços ascendentes poderiam ser um pouquinho mais espessos, também cometi o erro de escrever direto com caneta no final, usei lápis sempre e na hora de passar para o livro cometi esse erro, aí acabei precisando usar corretivo.

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Gosto de fotografar cada exercício faço, assim dá para avaliar a qualidade final e perceber bem aquilo que queremos e precisamos melhorar. Bom… essa foi minha primeira lição, se quiser acompanhar vou postar aqui cada exercício ou agrupar vários que trazem um mesmo tema e minhas impressões sobre cada um deles e a evolução da minha técnica. Os materiais usados para esse exercício foram: Caneta Sakura Pigma Micron 03, Caneta Sakura Pigma Micron 1, papel A5 90g/m², lápis B, borracha.

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Se quiser falar um pouquinho de sua experiência com lettering e deixar sugestões do que quer encontrar por aqui é só colocar nos comentários. Abraços.

Quais as cores da vida?

Bullet journal

Olá! Quanto tempo não é mesmo?

Estava tão pra baixo que não conseguia pensar em escrever nada por aqui, mas depois de refletir um pouquinho sobre tudo que aconteceu recentemente conclui que escrever ajuda no processo de cura e que tudo na vida faz parte de um processo de amadurecimento.

Quando pensei no blog queria escrever sobre tudo aquilo que faz a vida colorida e bela e quando pensava nas cores com que queria colorir minhas ideias todas eram alegres – azul, rosa, amarelo, vermelho, branco… não imaginava a cor do luto, uma cor que remeteria a tristeza.

Mas a vida nos traz surpresas e nos faz passar por sentimentos que não gostaríamos de pensar, de sentir, de viver… e foi isso que aconteceu, de repente somos surpreendidos por uma perda que chegou de forma tão repentina, sem nexo, sem explicação, não dava para acreditar, o luto não fazia parte de meus planos no mundo das ideias e nem no meu mundo real.

Então depois de meditar um pouco e de rever cada acontecimento recente conclui que a vida é como uma tela em branco, vamos colocando nela as cores que gostamos e de vez em quando uma cor que parece destoar e destruir nossa arte, que sequer nos pertence, aparece no meio da composição, então ficamos olhando a tela e tentando entender o porque daquela cor que destoa tanto está ali.

Não temos como compreender… então um dia desses estava olhando alguns vídeos no instagram e vi um rapaz pintando essa tela, ela era grande e ele colocou a cor azul, com vários tons, depois colocou outra cor (não me lembro qual) e de repente colocou a cor preta, em muita quantidade. fiquei pensando o porque daquela cor que iria “estragar” a arte, mas ele continuou usando as tintas de forma coesa. No final do vídeo a arte ficou linda, o preto se encaixou na obra sem destoar mais.

Acredito que a vida também é assim, não compreendemos o por quê de alguma coisa no momento e talvez jamais venhamos a compreender, mas no final são esses acontecimentos que vão moldar quem somos e que vão nos transformar em pessoas mais fortes e melhores.

“Para tudo há uma ocasião, e um tempo para cada propósito debaixo do céu:
tempo de nascer e tempo de morrer, tempo de plantar e tempo de arrancar o que se plantou, tempo de matar e tempo de curar, tempo de derrubar e tempo de construir,
tempo de chorar e tempo de rir, tempo de prantear e tempo de dançar” Eclesiastes 3:1-4

A imagem acima é do site pexels e do artista L∅nfeldt, veja aqui.

Bem… era isso que eu tinha para expressar hoje e espero que em breve minhas ideias fiquem coloridas com cores mais alegres novamente.

O bullet journal pode ser terapêutico?

Bullet journal

Então galerinha… quando comecei meu bujo a intenção foi me organizar e me animar a consultar uma agenda, mas com o passar do tempo observei algumas mudanças na minha saúde e no meu humor, fiquei mais calma, menos estressada, mais tranquila, mais serena e muito, muito mais consciente das coisas que preciso ainda melhorar.

Essas mudanças ficaram visíveis durante o tempo, mas aconteceram aos pouquinhos, não foi mágica… então fui pesquisar o porquê delas acontecerem e se realmente estavam relacionadas ao uso do método, resolvi trazer um pouquinho do que descobri para vocês. Quem sabe não se animam e aproveitam também esses benefícios.

São alguns dos fatores principais a organização, o auto-conhecimento e o lúdico. Hoje vou falar só um pouquinho de cada um, mas elaborar uma série com cada ponto a ser aprofundado.

A organização envolve todas as áreas da vida que você desejar colocar nos eixos, com o método você organiza tanto sua vida profissional, como pessoal, financeira, lazer, lista de desejos. Organizando sua vida em cada uma das áreas você consegue desfrutar de tranquilidade.

Além disso você consegue também conhecer seus hábitos e mudar aquilo que te incomoda, mas o segredo está justamente nessa palavrinha – conhecer. Quando conhecemos um problema, podemos identificar qual a causa e como trabalhar com ele, mas precisamos reconhece-lo.

Estabelecer metas e alcançá-las traz um bem-estar maravilhoso, uma sensação de conquista e vitória, que liberam os chamados hormônios da felicidade, são eles endorfina, oxitocina, dopamina e serotonina.

O lúdico sempre é valorizado na infância, mas já existem estudos que mostram os benefícios do lúdico na fase adulta e, pelo menos para mim, comprar acessórios de papelaria, montar meu mês, desenhar, fazer uma letra bonita, tudo isso, transforma uma atividade que seria monótona em lúdica e estimula nossa criatividade.

Não quer dizer que virei uma artista, nem que crio obras de arte, mas descobri talentos que nunca imaginei que teria, desenvolvi paciência para esperar os resultados, fico feliz com cada página que crio, sempre quero melhorar a próxima, mas desfruto da que já existe, essa foi uma vitória para mim.

Também não quer dizer que eu passo horas escrevendo e desenhando, geralmente reservo 15 minutos do meu tempo para atualizar minhas páginas, de manhã eu abro na página semanal e checo as tarefas e obrigações que eu tenho para o dia, a noite eu abro novamente e vejo as tarefas que já realizei e marco com o símbolo adequado e marco também meu habit tracker. Nos fins de semana gasto um tempinho a mais brincando com o design e o layout do meu carderno.

Bem… esse foi só o início, uma sementinha, para ver se vocês se animam a usar o método, mas vou escrever outros artigos mais explicadinhos sobre o tema, só preciso organizar as ideias e montar a estrutura direitinho. Podem me seguir para ficar sabendo de tudo que acontece aqui e também deixem comentários sobre o que gostariam de ler sobre o tema. 😉