Esse mês o Clube do livro – Infinistante – trouxe uma proposta bem diferente, ler graphic novel. Achei super interessante, pois como falei no post anterior me fez lembrar do tempo em que eu devorava histórias em quadrinhos e que me ajudaram a cultivar o hábito de leitura. Mas voltando ao assunto, foram sugeridos dois títulos: Faith, Joudi Houser e Nimona, Noelle Stevenson. E as duas parecem bem diferentes, a primeira é uma heroína e a segunda uma vilã, a princípio eu me interessei pela primeira história, mas como só tem a versão impressa e eu demorei a decidir comprar não iria dar tempo de ler para a resenha, então desisti e comprei a versão digital de Nimona, mas depois vou comprar a versão impressa.
Deixo aqui a sinopse de Faith, caso você se interesse em conhecer a história: “Faith Herbert sempre quis ser uma super-heroína, como as dos seus gibis favoritos. E quando seus poderes psiôn Faith Herbert sempre quis ser uma super-heroína, como as dos seus gibis favoritos. E quando seus poderes psiônicos surgiram e ela entrou para os Renegados da Fundação Harbinger, finalmente teve sua chance. Mas, agora, está vendo se consegue fazer sua carreira solo de defensora da justiça, com identidade secreta e tudo mais. De dia, é uma pacata blogueira que escreve sobre cultura pop — mas à noite, é a principal super-heroína de Los Angeles, a adorada Zephyr! E quando outros jovens psiônicos começam a desaparecer na Cidade dos Anjos sem deixar vestígios, é justamente ela que vai investigar o que está realmente acontecendo. A escritora estreante Jody Houser, o desenhista Francis Portela e a artista Marguerite Sauvage nos trazem a série original desta fabulosa heroína!”
Vamos, então, a Nimona… o que posso dizer é que a princípio a história não me interessou muito, pode ter sido um pouco de preconceito por se tratar de uma menina que queria ser vilã, como assim? Bem, confesso que pode ter sido e provavelmente foi, mas durante a leitura fui percebendo alguns fatos interessantes da história e como foi bom romper a barreira e ler o livro.
Começando a leitura percebe-se que o vilão a quem ela resolve seguir, Ballister Coração-Negro, é bem atrapalhado e seus planos sempre dão errado, mas depois que Nimona chega isso começa a mudar, Ballister começa a vencer seu rival nas batalhas, mas Nimona não tem limites e destrói muitas coisas, além de matar.
Mas será Ballister é realmente um vilão? Será que seus planos davam errado ou era apenas uma forma de contornar seu destino? Nimona começa a perceber que Ballister tem muita ética e se preocupa demais com o próximo, e que nada tem de coração-negro. Na verdade Ballister sempre tenta impedir que Nimona machuque mais alguém e cause mais estragos, o que a deixa frustrada. Como é uma adolescente, pelo menos foi assim que a percebi, a personagem tem em si toda rebeldia e curiosidade dessa fase. E BAllister muitas vezes porta-se com um pai zeloso e amoroso.
Também percebi que o herói da história, Sir Ambrosius Ouropelvis, até o nome dá a dica, nada mais é que um garotinho mimado e com personalidade frágil, que é manipulado pela Instituição, uma organização que manipula o herói e também todo reino para manter seus poderes e conseguir atingir interesses a qualquer custo. Geralmente a Instituição utiliza-se da mídia manipular a opinião pública, promover seus planos e permanecer no poder.
O enredo é fantástico e a história evolui com muita intensidade, a cada momento uma nova faceta é mostrada pelas personagens que vão crescendo e mostrando a complexidade da trama até chegarmos ao final do livro, que é surpreendente… mas não, não vai ter spoiler… Então… que tal conferir você mesmo e depois me conta aqui o que achou?
Bem, acho que era isso que eu tinha para falar sobre Nimona… Até o próximo mês.